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sábado, 3 de janeiro de 2015

Bispo denuncia «trampolim» do poder nas Misericórdias

Na última edição do nosso colega Alto Alentejo, é referido segundo o Reconquista, que o "Bispo Diocesano, D. Antonino Dias, disse que as Misericórdias não são associações como as outras e que por isso não podem estar sujeitas a jogos de poder com outros interesses em vista, tal como relata o Reconquista.
Se a afirmação foi proferida há dias no contexto da tomada de posse dos órgãos da Santa Casa Misericórdia de Castelo Branco, os destinatários, como frisou o Bispo, são todos os Irmãos das 39 Misericórdias da Diocese, até porque «temos tido problemas sérios quando se trata de eleições, porque muitos Irmãos não conhecem os estatutos e ignoram muito o que significa ser Irmão», disse o prelado que sublinha que «não somos uma associação qualquer. Não somos sócios de uma associação. Somos Irmãos de uma Irmandade e unidos pela fé e por aquilo que é uma consequência da fé, que é fazer o bem sem olhar a quem», disse D. Antonino, pois para se ser Irmão «não basta dar o nome e pagar uma quota porque dá direito a voto», como referiu.
Mas o Bispo vai mais longe e diz mesmo que os problemas, na altura das eleições, «dão a impressão de que as Misericórdias são assim uma espécie de trampolim para o poder», o que é inaceitável do ponto de vista do espírito e do compromisso da Irmandade de uma Santa Casa, e de facto maus exemplos destes são o que não falta por toda a Diocese, com Mesários a servirem-se das instituições para empregar amigos e familiares, seja a perfilarem-se para eleições autárquicas ou a garantirem votos de favor, o que é inqualificável numa instituição como as Misericórdias".(fonte A.A.|foto-D.R.)