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segunda-feira, 30 de março de 2015

"A Terra de Ninguém", o novo livro de Santana-Maia Leonardo

Santana-Maia Leonardo reuniu várias das suas crónicas no livro 
"A Terra de Ninguém", numa edição da Sinapis.
Com colaboração há muitos anos em vários órgãos de comunicação, bloguista e colaborador também do Notícias de Arronches, vai fazer a apresentação da sua última obra em locais como Lisboa, Abrantes e Portalegre. Estando também prevista a sua apresentação em Arronches. Diz Santana-Maia Leonardo neste livro que "Aos 16 anos, era convictamente revolucionário. Todos os dias eram dias de sol. E eu sonhava e acreditava nesse prometido mundo novo onde todos os homens viviam como irmãos e queria lá chegar depressa.
Aos 56 anos, sou conservador. Vivo no meio da tormenta. Descrente dos homens e do mundo, procuro, a todo o custo e com pouca esperança, salvar da enxurrada o melhor da nossa herança comum.
Sinto-me, literalmente, o Romeiro de Frei de Luís de Sousa que, no final da sua longa caminhada, constata que afinal o seu mundo já não existia. O mesmo desencanto, a mesma solidão. E o Alentejo, rústico, agreste, desértico, surge naturalmente como o refúgio natural do Romeiro. O tal mundo, descrito pelo ministro socialista Mário Lino, "onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, onde não há indústria, onde não há comércio, onde não há hotéis".
O Alentejo fica, assim, no outro mundo, um mundo habitado por seres fantasmagóricos a que o poder de Lisboa não reconhece sequer a existência e que hoje se estende pelo interior do país do Algarve a Trás-Os-Montes. Este é o meu mundo. Um mundo que provavelmente não tem nada a ver com o vosso".