Click na Imagem

quinta-feira, 5 de março de 2015

Estado social desprezado pela maioria PSD/CDS aumenta a pobreza no distrito, diz a Federação Distrital de Portalegre do P.S.

A política de austeridade mais troikista do que a própria troika não só tem resultado num ataque constante ao Estado Social como provocou o aumento da pobreza impossível de esconder no Alto Alentejo. Esta é a primeira conclusão após várias reuniões promovidas pelo Presidente da Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista, Luís Moreira Testa, com várias instituições do Alto Alentejo ligadas à área social.

O corte nas pensões e nas prestações sociais associadas a uma falta de apoio aos cidadãos que passam por mais dificuldades resultou num aumento constrangedor da pobreza. Para contrariar esta tendência é preciso mudar a política e olhar para o bem-estar das famílias como principal objectivo. É necessário tomar medidas de emergência mas isso não basta. É imperativo desenvolver estratégias que ajudem os pobres a deixarem de o ser. É imperativo desenvolver estratégias que, em conjunto com medidas sociais, promovam a dinamização da economia e a criação de emprego.“Hoje em dia, o principal factor de empobrecimento das populações é o ataque que este Governo profere ao Estado Social. Nós trabalhamos sem rede, de uma forma avulsa, constituindo programas que ajudam a mascarar a pobreza mas não alteram as condições de vida dos habitantes do distrito de Portalegre. Vemos as pessoas sem emprego, sem solução, sem futuro e sem esperança”, lamentou o presidente da Federação Distrital de Portalegre do PS, Luís Moreira Testa.
Nos encontros com o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social, Manuel Chagas, com o presidente da Cáritas de Portalegre e de Castelo Branco, Elicídio Bilé, e com o secretário regional de Portalegre da União das Misericórdias Portugueses, Mário Cruz, foi descrita uma realidade preocupante para as pessoas que vivem com dificuldades e para as próprias instituições que tentam, diariamente, minimizar os problemas das populações.
A política da maioria PSD/CDS votou ao abandono uma parte considerável da sociedade com o ataque ao Estado Social e isso é claro numa região como o Alto Alentejo. Para o presidente da Cáritas de Portalegre e Castelo Branco, “o Governo não está a cumprir com a sua missão”. O responsável explica que não há uma preocupação por parte dos elementos da maioria em procurar soluções que vão ao encontro das preocupações das pessoas. “Quando o Governo legisla sozinho e não ouve as instituições que estão no terreno a dar resposta, pode estar a fazer uma lei muito bonita mas a aplicabilidade dessa lei pode não ter os resultados esperados”, afirmou.
Para Luís Moreira Testa, há soluções e alternativas a esta política. É possível criar medidas para diminuir a pobreza na região. “Aquilo que nós propomos é que haja, por um lado, políticas sociais que ajudem a minorar os problemas que as pessoas sentem. Mas por outro lado, uma aposta efectiva no crescimento económico e no desenvolvimento da nossa região. É possível tirar as pessoas da situação de desemprego. É possível apostar em realidades que ajudem a construir novos empregos para que as pessoas se fixem e retornem ao distrito de Portalegre.”