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domingo, 2 de agosto de 2015

D. Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, inaugurou o Museu de Arte Sacra em Arronches


D. Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, presidiu hoje à Missa na Igreja Matriz de Arronches, depois da qual se inaugurou o Museu de Arte Sacra.
Assistiram à Missa e à cerimónia de inauguração, que foi antecedida pela actuação de um trio de jovens violinistas, a Presidente da Câmara Municipal de Arronches, Vice-presidente, Presidente da Assembleia Municipal, vereadores, presidentes de Juntas de Freguesia e o Presidente da CIMAA, Armando Varela, entre muitos outros autarcas e convidados.
Para assinalar a abertura ao público de mais este espaço museológico, o Bispo D. Antonino e a Presidente da Câmara, descerraram uma placa que fica a perpectuar este dia, em que a conjugação de esforços de muita gente envolvida neste projecto o tornou numa realidade.
No uso da palavra, o Padre Fernando Farinha recordou como encontrou este espólio em estado muito degradado, quando chegou a esta paróquia. Espólio esse que passa a partir de hoje, a fazer parte do Museu de Arte Sacra instalado na Igreja Matriz de Arronches, como património cultural da paróquia e do Concelho de Arronches.
Afirmou o Padre Farinha que “desde a primeira hora” teve o apoio da edil que estava ao seu lado. Para salientar na sua intervenção que “foi exemplar – realçando que o termo era este - a colaboração, que esta igreja teve e obteve, da Presidente da Câmara presente”. Não esquecendo também outros “poderes autárquicos locais, trabalhadores no seu conjunto e também particulares que igualmente quiseram colaborar”. 
Deixou também pelo seu trabalho, uma palavra de apreço pela colaboração de Emília Costa e Leandra Vasconcelos. Porque considera que ”sem o trabalho exausto destas duas senhoras” não era possível ter o que em seguida seria visto, afirmou o pároco. Terminando a sua intervenção verdadeiramente emocionado e debaixo do aplauso dos presentes.
Fermelinda Carvalho depois de cumprimentar todos os presentes e agradecer a presença do Bispo, referiu que “este é um trabalho que se deve ao senhor Padre Farinha, porque foi ele que teve a ideia, que olhou para todo aquele espólio e pensou que era uma pena que ele se perdesse”. Nesse sentido a autarca agradeceu publicamente ao Padre Farinha o seu empenho para que todo este espólio não se deteriorasse com o tempo, acabando eventualmente por se perder.
Fermelinda Carvalho teve também palavras de agradecimento a todos os que de alguma forma trabalharam para que este museu fosse uma realidade. Recordando que envolveu funcionários do Município e destacando também o papel interventivo neste projecto de Emília Costa, Lúcia Costa e Leandra Vasconcelos. Concluiu afirmando que “sinto-me orgulhosa enquanto Presidente, por termos aqui em Arronches este Museu de Arte Sacra que não envergonha ninguém, pelo contrário é um grande orgulho, porque é a prova da religiosidade das gentes de Arronches”, cujo valor está no acervo que possuíam.
O Bispo D. Antonino Dias congratulou-se com esta inauguração, porque “tudo o que é desenvolvimento, o que é progresso nestas paróquias a nível civil” é de valorizar mas,” quando se trata daquilo que está ligado à própria Igreja também estou feliz por isso”, lembrou.
D. Antonino recordou que “em grande parte dos sítios um grande património cultural que existe é da Igreja ou está ligado à Igreja”. Reconheceu o Bispo que ao “longo dos tempos a Igreja com outra capacidade, fez coisas bonitas”. Actualmente com o empenho da sociedade civil “vai tendo o gosto de conservar este património que é de todos, embora hoje a Igreja não tenha grandes capacidades financeiras, vai contando com os apoios do Estado e com aquilo que pode conseguir”, conclui D. Antonino Dias.
Após as intervenções e dada a exiguidade e acesso ao espaço, a primeira visita ao museu teve que ser feita faseadamente por grupos.
Ao entrar deparamo-nos com um espaço (local do coro por cima da entrada) agradável, muito bem concebido e com peças de um valor inestimável, quer pelo seu significado religioso quer pela sua componente artística e o grande trabalho de restauro a que as peças foram submetidas. O acesso não é fácil, mas vale a pena o “esforço” para os mais idosos mas, como alguém referia, quem sobe as escadas da própria Igreja também sobe as de acesso ao Museu de Arte Sacra com que agora Arronches passou a contar.