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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Coligação ganha legislativas mas esquerda tem a maioria. Portalegre vira totalmente PS e elege Luís Testa

O resultado desta eleição, como aliás já o tínhamos escrito, podia vir a surpreender com base nas sondagens. Do dia 4 de Outubro saiu um PS claramente derrotado com menos 6,2% dos votos do que a PàF (Coligação 38,6% e PS 32,4) mas, que numa suposta coligação com os partidos à sua esquerda, podia governar com maioria. Mas isso só no mundo do supostamente…
A taxa de abstenção foi a mais alta desde 1999 com 43,07 %. Mais de quatro milhões de portugueses não foram motivados aos apelos a votarem. A Coligação PàF ganha mas perde votantes; PS perde mas sobe em números percentuais de votos; Bloco de Esquerda sobe para o dobro e passa a terceira força política no Parlamento e a CDU passa para quarta força politica mas sobe em termos percentuais. Tudo muito esquisito num país bipolarizado pela direita (unida) e uma esquerda (fragmentada dentro e fora do PS).
Deixando a realidade nacional e vendo a realidade no nosso distrito, foi claríssima a vitória do PS que virou o Distrito de Portalegre completamente cor-de-rosa. O Partido Socialista liderado por Luís Testa venceu com 42,43% (em 2011 a coligação teve quase 43%) dos votos contra os 27.63% do PàF. Em terceiro lugar situou-se a CDU seguida do BE. A taxa de abstenção foi de 42,13% muito perto da média nacional. Para o Parlamento seguem Luís Testa pelo PS e Cristóvão Crespo pela Coligação. Quanto ao Concelho de Arronches os votos foram para a coligação PÀF- 29,62%, PS- 42,35%, CDU- 13,7%, BE- 6,34, Livre – 0,11% e PDR – 0,63%.
Os resultados nas três freguesias do Concelho de Arronches ficaram assim distribuídos: 
Freguesia de Assunção: PS- 432 votos; PàF-380 votos; CDU-98 votos e BE-81 votos.
Freguesia da Esperança: PS- 194 votos; PàF-144 votos; BE-19 votos e CDU-15 votos.
Freguesia dos Mosteiros: PS-107 votos; PàF-55 votos; BE-22 votos e CDU 20 votos.
Quanto à formação do novo Governo, como diz o povo “a bola está no lado” do Presidente da República, também ele preste a deixar o cargo. Parece que para Cavaco Silva não há problemas em dar posse a um novo Governo, porque disse mesmo antes das eleições, que já tinha previsto todos os cenários possíveis. Para já a coligação acena ao PS e o renovado BE, deixa antever que está na disposição de também, a exemplo do CDS, chegar um dia ao Governo da Nação…mas falta a CDU para ser possível uma maioria de esquerda. O PS por certo não vai abdicar dos seus princípios de partido europeísta.