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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Cinco anos depois há um português herói

Rui Vinhas… de gregário a líder! “Ainda não acredito que ganhei a Volta”

A 78ª Volta a Portugal Santander Totta terminou este domingo, em Lisboa, após uma jornada de emoções que confirmou Rui Vinhas como o “Rei da Volta”. Para a derradeira etapa estava em discussão um contrarrelógio de 32km entre Vila Franca de Xira e a capital onde o segundo classificado, Gustavo Veloso, entrava como favorito. Se é verdade que o galego venceu, e bem, a luta contra o cronómetro com 47 segundos sobre o segundo melhor registo, também é certo que o resultado não foi suficiente para anular a desvantagem (2’25’’) que trazia para o líder e companheiro de equipa na W52-FC Porto. Gorou-se o “tri” que Veloso perseguia depois das vitórias de 2014 e 2015.
Cinco anos depois, o vencedor da maior competição do ciclismo nacional voltou a ser português. Camisola Amarela desde a terceira etapa, Rui Vinhas fez a quarta melhor marca do crono com mais 54 segundos e terminou a prova com uma diferença de 1’31’’ sobre Veloso. Daniel Silva (Rádio Popular-Boavista) fechou o pódio da Volta 2016 a 2’49’’. Ainda sem acreditar no que estava a acontecer, Rui Vinhas explicou como foi o último dia de competição. “A certa altura não acreditava nas indicações de tempo que me chegavam do carro. O meu pensamento foi dar o máximo. Vim sempre no limite e cheguei sem forças nenhumas”, disse o vencedor da 78ª Volta a Portugal Santander Totta, que no momento da vitória não esqueceu a atitude de Gustavo Veloso. “Tenho de agradecer ao Gustavo Veloso que foi um bom ponto de referência para mim. Tentou resguardar-me ao máximo, não é qualquer líder que está a altura de ter esta atitude.”
Ainda antes de subir ao pódio, para ser brindado pelo segundo lugar e confirmar a melhor regularidade em prova, e a respetiva liderança da Classificação por Pontos traduzida na Camisola Verde Rubis Gás e ainda o Prémio Kombinado KIA Gustavo Veloso não conseguiu disfarçar a desilusão. “É um encontro de sentimentos. Fico feliz pela vitória do Vinhas e pela Camisola Amarela ficar na equipa. Fico triste por saber que sou o mais forte na volta e não ter ganho. Nem sempre ganha o mais forte.”
Após 11 dias de competição, e com a meta e o pódio final da última etapa instalados na majestosa Praça do Comércio, houve festa azul e branca com os portistas e o presidente Pinto da Costa em grandes comemorações. Na cerimónia de coroação dos vários vencedores esteve também o melhor dos trepadores, o colombiano Ramiro Diaz (Funvic-Soul Cycles) Camisola Azul Liberty Seguros. O russo AlexanderVdovin (Lokosphinkx) envergou a Camisola Branca RTP por ser o melhor jovem em prova.