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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Arronches - Edital da Câmara e Moção da Assembleia Municipal de Arronches

Arronches 28 de Abril) - Por já estar fechada a edição de Abril e não dispormos de espaço, não queremos deixar de dar conhecimento aos nossos leitores destes dois documentos que nos chegaram.


ARRENDAMENTO DO BAR DA PISCINA MUNICIPAL DE ESPERANÇA, NO RAMO DE RESTAURAÇÃO E BEBIDAS SITO NA FREGUESIA DE ESPERANÇA, CONCELHO DE ARRONCHES.


Fermelinda de Jesus Pombo Carvalho, Presidente da Câmara Municipal de Arronches, torna público, nos termos da deliberação da Câmara Municipal de 24 do mês de abril do corrente ano, que se encontra aberto concurso público para arrendamento do bar da piscina municipal de Esperança, no ramo de restauração e bebidas, sito na freguesia de Esperança, concelho de Arronches, nos termos que a seguir se indicam:
1 - Prazo do arrendamento: O arrendamento será pelo prazo de 4 meses, contados a partir da data de celebração do contrato.
2 - Data limite para a apresentação de propostas: 10 de maio de 2017, até às 17 horas.
3 - Processo de concurso público: O programa do procedimento e caderno de encargos podem ser solicitados à Câmara Municipal de Arronches, sita na Praça da República, 7340-012 Arronches (telefone: 245580080).
4 - Valor base de licitação: O arrendamento tem como valor base o montante mensal de € 120,00 (cento e vinte euros).


Assembleia Municipal de Arronches

“O 25 de Abril e o 1º de Maio para a minha geração”


Este ano, como todos os anos acontece, a bancada do PS apresenta uma moção comemorativa do 25 de Abril. Apesar de já ter apresentado algumas, as quais sempre subscrevi, senti que deveria escrever algo de cariz mais pessoal, que transparecesse o meu sentimento pela ocasião.
Mas o que dizer sobre o 25 de Abril de 1974 quando ainda nem tinha nascido?!
A minha geração cresceu a ouvir falar sobre este acontecimento. Na escola, apresentam-nos os dados históricos mais emblemáticos; na TV, ouvimos relatos de quem o viveu e o sentiu; na rádio relembram-se as músicas que deram o mote à revolução; nos jornais, vemos fotografias que realçam o sentimento vivido pelas gentes que pacífica e ansiosamente acolheram um novo rumo; da boca dos nossos pais e avós comparam-se aqueles dias com os de hoje sublinhando o que se perdeu e o que se ganhou;
Tudo o que a minha geração conhece, sabe-o através de histórias e da História, textos ou imagens que anualmente nos recordam desse período.
Mudam as palavras, mas o sentimento é quase igual. É praticamente consensual que são mais os ganhos que as perdas. “Grândola, Vila Morena” foi a música da revolução, mas foi também o trampolim para os ganhos.
Ganhou-se na liberdade de expressão, na liberdade de reunião, na liberdade de associação.
Ganhou-se por não termos de passar uma juventude condenada à participação numa guerra colonial e a não ser “militantes” da Mocidade Portuguesa.
Ganhou-se o direito a uma politica democrática, onde há o voto livre, onde há oposição que não receia qualquer policia politica;
Ganhou-se nas artes, na literatura, no cinema, na pintura e na música.
Ganhou-se na saúde com um sistema nacional inclusivo, na educação com mais mais oferta e melhores condições para todos, na segurança social com apoios e pensões diversas, na sociedade com um melhoramento das desigualdades e discriminações das mulheres enquanto trabalhadoras, mães e cidadãs e no incumprimento dos seus direitos; no trabalho o direito a ter dias de férias e melhores condições de trabalho;
Foi com esta liberdade que o 1º de Maio se reinventou em Portugal. Celebrar o Dia do Trabalhador é também celebrar o 25 de Abril de 1974, de forma mais convicta do que até então. Não poderia haver um movimento sindical que defende uma sociedade mais justa e solidária sem haver um país que permitisse a livre participação na causa pública.
Com tudo isto eu cresci, sempre foi a realidade que conheci. Custa-me pensar no que será viver sem tantas das conquistas de outrora. Pergunto-me quem estaria na disposição de trocar uma juventude livre por umas férias armadas num qualquer país de África. Pergunto-me quem abdicaria de ter direito a uma educação livre, a ter assistência médica quando necessária, a votar e a escolher entre homens ou mulheres com iguais ambições e possibilidades.
É minha convicção que a população lucrou com a Revolução. É claro que ainda não temos um país perfeito, sem desemprego, sem miséria, sem desigualdades, sem analfabetismo. Não temos um país perfeito, mas temos um país diferente. Diferente para melhor. Há, naturalmente, muito a fazer, mas muito já foi feito. Não tenho dúvidas.

(Moção conjunta do deputado municipal Carlos Flores e bancada do Partido Socialista)