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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O Grande Debate…

Ontem mais de 3 milhões de portugueses estiveram pendentes através das três televisões generalistas, do chamado “Grande Debate”. Aquele que podia eventualmente decidir o resultado das próximas legislativas.
Na generalidade os comentadores nos três canais, foram unânimes em considerar que António Costa teve uma melhor performance, inclusive o mais destacado comentador político como é Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu isso mesmo.
Como não podia deixar de ser, acompanhei (fazendo zapping) pelos três canais e pareceu-me que se tratou, para além do debate propriamente dito, de uma competição implícita dos três jornalistas. Francamente colocaram questões que nada tinham a ver com um debate em que se discutia o futuro do país. Faltou acutilância nas questões e houve muita coisa supérflua como por exemplo: se Costa aceitava o apoio de Sócrates ou ia visitá-lo agora que está em prisão domiciliária.
Foi um debate em que se falou muito do passado e pouco com propostas concretas do que vai ser o futuro. Como se equilibram as contas externas, o défice ou os financiamentos para que o que aí possa vir, seja todo o contrário do que foram estes quatro anos de legislatura.
Continuo a defender como escrevi em recente editorial do Notícias de Arronches na edição em papel, que a direita está assente no seu eleitorado desta coligação. Os votos e números de deputados vão ser, em caso de vitória ou derrota, sempre os votos de cada um dos partidos. Já a esquerda (para além de divisões internas no maior partido da oposição), conta com os votos dispersos pelos outros partidos mais à sua esquerda que, no final, quando as contas se fizerem, não querem perder votos, nem deputados.
Não acredito mesmo que haja o voto útil da CDU ou do BE. Agora António Costa se quer ganhar estas eleições, terá que cativar os votos do centro direita e os indecisos, sem partido por militância ou simpatia.